Porto da Cruz - Madeira do século XIX - Museu Vicentes

 








Muito mudou na ilha da Madeira desde o século XIX – e as fotografias do fotógrafo decano madeirense Vicente Gomes da Silva (1827-1906), fundador do atelier Photographia Vicente, e do seu filho homónimo revelam isso mesmo. Na segunda metade do século XIX, momento em que foram realizadas as imagens a partir do processo de colódio húmido, a electricidade não tinha sequer chegado à ilha (chegaria apenas em 1897) e as vias de comunicação entre as diversas povoações eram muito deficitárias – embora estivessem em franco processo de expansão e melhoramento precisamente nessa altura.

A Madeira desse período, já famosa entre a aristocracia europeia pelo seu clima temperado e pela sua exuberante biodiversidade, abria-se ao turismo, à exploração científica e era também muito procurada como local de terapia por quem sofria os efeitos nefandos da tuberculose. “A maioria dos visitantes pertencia à aristocracia endinheirada europeia, nomeadamente príncipes, princesas e monarcas que encontrava na Ilha da Madeira um porto terapêutico essencialmente”, pode ler-se no site alusivo à comemoração dos 600 Anos da Madeira. Nascia, nessa segunda metade de século, graças a ingleses e alemães, também a base da rede hoteleira que ainda hoje se mantém.


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